Quanto vale um amor de mãe? Será que tem preço? Poderá haver substituto ao laço que une mãe e filho?
Dizem alguns que amor materno é balela, piegas.
Contudo, ao dispor, na Terra, que o homem fosse concebido a partir do amor de dois seres que se unem e tivesse a gerá-lo o ventre materno, Deus estabeleceu bases seguras para que a criatura desenvolvesse a sua extraordinária capacidade de amar.
E uma das facetas do amor é o amor materno. Conseqüentemente, a necessidade que sente o filho de ser amado.
Certa vez, uma jovem esposa, depois de dez anos de consórcio, abandonou o lar. De algum tempo, a situação se fazia insustentável e ela decidiu começar vida nova.
Abandonou esposo e filho, garoto de seis anos.
Dois anos depois, já com um novo amor a lhe fazer bater o coração descompassado e um trabalho em Agência de Correios, foi surpreendida por um papel dobrado em quatro, que caiu dentre os tantos envelopes que ela separava para envio.
Era uma folha de caderno, sem envelope, destinada simplesmente a Jesus.
A curiosidade fez com que ela abrisse a folha e começasse a ler.
Jesus, dizia a carta escrita em letra infantil, eu estou muito doente. Tenho muita tosse.
Sei que papai cuida de mim, em todas as horas que não está no trabalho. Tia Margarida e tia Magda também.
Mas, Jesus, eu estou tão doente. E por isso eu escrevo esta carta para lhe pedir um presente. O meu aniversário está próximo.
Seria possível me trazer, no dia em que eu vou completar oito anos, a minha mãe de volta?
Não sei onde ela se encontra, mas o Senhor deve saber, com certeza. Se o Senhor puder, por favor, Jesus, traga minha mãe de volta.
Se ela voltar, a nossa casa vai se alegrar outra vez. Haverá flores nas janelas. E eu melhorarei. A minha tosse vai passar.
Jesus, eu queria tanto, no meu aniversário, abraçar minha mãe outra vez.
Sei que eu não sou um bom menino, mas eu peço assim mesmo porque quando minha mãe estava conosco ela sempre dizia que tudo o que se pedisse a Você, Você conseguiria.
Eu vou ficar esperando, Jesus, por favor, traga de volta minha mãe.
A assinatura não deixava dúvidas. Era do seu filho, o garoto que deixara aos seis anos, quando partira para sua nova vida.
Rita deixou o trabalho naquele dia e voltou para casa. Bateu à porta e surpresa, tia Margarida a viu entrar.
Passou pela sala e o marido, igualmente surpreendido, somente a olhou, sem nada dizer.
Foi ao quarto do filho, que tossia, deitado em sua cama.
Ao vê-la, o garoto sorriu, abriu os braços e exclamou:
Mãe, Jesus trouxe você!
Existem muitos corpos que não geraram outros corpos, no entanto, se fizeram mães da dedicação em nome do amor de nosso Pai.
São criaturas que sustentam vidas, que não murcharam porque elas tomaram para si a missão de ampará-las e socorrê-las.
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Redação do Momento Espírita
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sexta-feira, 16 de maio de 2008
UMA DOCE FACE DO AMOR
Postado por Luiz Felipe às 23:04
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