segunda-feira, 30 de junho de 2008

EU QUERO SABER O QUE É O AMOR



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I Want To Know What Love Is
Foreigner

Composição: Indisponível

I gotta take a little time,
A little time to think things over
I better read between the lines,
In case I need it when I'm older
Now this mountain I must climb,
Feels like the world upon my shoulders
Through the clouds I see love shine,
It keeps me warm as life grows colder
In my life
There's been heartache and pain
I don't know
If I can face it again
Can't stop now,
I've travelled so far,
To change this lonely life
I wanna know what love is,
I want you to show me
I wanna feel what love is,
I know you can show me
I'm gonna take a little time,
A little time to look around me
I've got nowhere left to hide,
It looks like love
Has finally found me
In my life
There's been heartache and pain
I don't know
If I can face it again
Can't stop now,
I've travelled so far,
To change this lonely life
I wanna to know what love is,
I want you to show me
I wanna feel what love is,
I know you can show me
I wanna know what love is,
I want you to show me
(And I wanna feel)
I wanna feel what love is
(And I know)
I know you can show me


I Want to Know What Love Is (tradução)
Foreigner

Composição: Indisponível

Eu Quero Saber o Que é o Amor

Eu preciso achar um tempo
Um tempo para pesar melhor as coisas
É melhor eu ler nas entrelinhas
Caso eu precise quando envelhecer
Eu preciso escalar esta montanha
Parece que o mundo está sobre os meus ombros
Através das nuvens eu vejo o amor brilhar
Ele me aquece enquanto a vida vai ficando mais fria

Na minha vida
Só tem havido sofrimento e dor
E eu não sei, se eu posso encarar isso de novo
Eu não posso parar agora
Eu já fui longe demais
Para mudar esta minha vida solitária

Eu quero saber o que é o amor
Eu quero que você me mostre
Eu quero sentir o que é o amor
E eu sei que você pode me mostrar
Eu vou achar um tempo
Um tempo para cuidar melhor de mim
Não sobrou nenhum lugar para me esconder
Parece que o amor finalmente me encontrou
Na minha vida
Só tem havido sofrimento e dor
E eu não sei, se eu posso encarar isso de novo
Eu não posso parar agora
Eu já fui longe demais
Para mudar esta minha vida solitária

Eu quero saber o que é o amor
Eu quero que você me mostre
Eu quero sentir o que é o amor
E eu sei que você pode me mostrar
Pare meu amor
Amor, você pode sentir no seu interior
Eu me sinto muito apaixonado
Você simplesmente pode

EM NOSSAS TAREFAS


"..não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes". Paulo, (Romanos, 12:16)

"Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes"- recomenda o apóstolo, sensatamente.

Muitos aprendizes do Evangelho almejam as grandes realizaçoes de um dia para outro...

A coroa da santidade...

O poder da cura...

A glória do conhecimento superior...

As edificações de grande alcance....

Entretanto, aspirar só por si não basta à realização.

Tudo, nos circulos da Natureza, obedece ao espírito de seqüencia.

A árvore vitoriosa na colheita passou pela condição do arbusto frágil.

A catarata que move poderosa turbinas é um conjunto de fios dágua no nascedouro.

Impotente é o projeto para aconstrução de uma casa nobre, no entanto, é indispensável o serviço da picareta e da pá, do tijolo e da pedra, para que a arte e o reconforto se expriem.

Abracemos os deveres humildes com devoção ao nosso ideal de progresso e triunfo.

Por mais árdua e mais simples a nossa obrigação, atendamo-la com amor.

A palavra de Paulo é sábia e justa, porque escalando com firmeza as faixas inferiores do monte, com facilidade lhe conquistamos o cimo e, aceitando de boa-vontade as tarefas pequeninas, as grandes tarefas virão espontaneamente ao nosso encontro.
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EMMANUEL \ CHICO XAVIER
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A NECESSIDADE DO ESFORÇO


Conta-se que, no princípio da vida terrestre, o alimento das criaturas era encontrado como oferta da Divina Providência, em toda parte.

Em troca de tanta bondade, o Pai Celeste rogava aos corações mais esforço no aperfeiçoamento da vida.


O povo, no entanto, observando que tudo lhe vinha de graça, começou a menosprezar o serviço.

O mato inútil cresceu tanto, que invadia as casas, onde toda a gente se punha a comer e dormir. Ninguém desejava aprender a ler.

A ferrugem, o lixo e o mofo apareciam em todos os lugares.

Animais, como os cães que colaboram na vigilância, e aves, como os urubus que auxiliam nas obras de limpeza, eram mais prestativos que os homens.

Vendo que ninguém queria corresponder à confiança divina, o Pai Celestial mandou retirar as facilidades existentes, determinando que os habitantes da Terra se esforçassem na conquista da própria manutenção. Desde esse tempo, o ar e a água, o Sol e as flores, a claridade das estrelas e o luar continuaram gratuitos para o povo, mas o trabalho forçado da alimentação passou a vigorar como sendo uma lei para todos, porque, lutando para sustentar-se, o homem melhora a terra, limpa a habitaçã o, aprende a ser sábio e garante o progresso.

Deus dá tudo.

O solo, a chuva, o calor, o vento, o adubo e a orientação constituem dádivas dEle à Terra que povoamos e que devemos aprimorar, mas o preparo do pão de cada dia, através do nosso próprio suor e da nossa própria diligência, é obrigação comum a todos nós, a fim de que não olvidemos o nosso divino dever de servir, incessantemente, em busca da Perfeição.
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MEIMEI \ CHICO XAVIER
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sexta-feira, 27 de junho de 2008

RECOMPONDO

Ainda é tempo de recompores

uma situação infeliz que está ficando para trás.

Enquanto estás no caminho com o outro,

há oportunidade para refazer e corrigir.

Se ele não aceita a tua disposição,

o problema já não é teu.

Enquanto, porém, não te disponhas ao ato nobre,

permaneces em débito.

O mau momento ocorre sempre.

A manutenção dele é opcional do capricho humano.

Saneia-te com a disposição superior

de não conservar lixo emocional,

buscando todo aquele com quem não foste feliz,

a fim de retificar a situação.
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JOANNA DE ÂNGELIS / DIVALDO P. F.
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BASES PARA REFORMA SOCIAL

Vivemos a era do desenvolvimento científico e dos avanços tecnológicos.

No entanto, embora a satisfação e o conforto que os avanços proporcionam para a vida material, não conseguem preencher o vazio da alma.

O homem aspira qualquer coisa de superior, sonha com melhores instituições, deseja a vida, a felicidade, a igualdade, a justiça para todos.

Mas, como atingir tudo isso com os vícios da sociedade e, sobretudo, com o egoísmo imperando?

O homem sente a necessidade do bem para ser feliz e compreende que só o bem pode lhe dar a felicidade pela qual aspira.

Mas, como ocorrerá isso?

Ora, se o reino do bem é incompatível com o egoísmo, é preciso que o egoísmo seja destruído.

Mas, o que pode destruí-lo? A predominância do sentimento do amor, que leva os homens a se tratarem como irmãos e não como inimigos.

A caridade é a base, a pedra angular de todo edifício social. Sem ela o homem construirá sobre a areia.

Assim sendo, se faz urgente que os esforços e, sobretudo os exemplos de todos os homens de bem, a difundam.

Mas como exemplificar o bem num meio corrompido pela maldade, a violência, a corrupção?

Está nos desígnios de Deus que, por seus próprios excessos, as más paixões se destruam. O excesso de um mal é sempre o sinal de que chega ao seu fim.

No entanto, sem a caridade o homem constrói sobre a areia. Um exemplo torna isso compreensível.

Alguns homens bem intencionados, tocados pelos sofrimentos de uma parte de seus semelhantes, supuseram encontrar o remédio para o mal em certas doutrinas de reforma social.

Vida comunitária, por ser a menos custosa; comunidade de bens para que todos tenham a sua parte; nada de riquezas, mas, também, nada de miséria.

Tudo isso é muito sedutor para aquele que, não tendo nada, vê, antecipadamente, a bolsa do rico passar ao fundo comunitário sem cogitar que a totalidade das riquezas, postas em comum, criaria uma miséria geral ao invés de uma miséria parcial.

Que a igualdade, estabelecida hoje, seria rompida amanhã pela mobilidade da população e a diferença entre aptidões.

Que a igualdade permanente de bens supõe a igualdade de capacidades e de trabalho. Mas a questão não é examinar o lado positivo e o negativo desses sistemas.

O fato é que os autores, fundadores ou promotores de todos esses sistemas, sem exceção, não visaram senão a organização da vida material de uma maneira proveitosa a todos.

A finalidade é louvável, indiscutivelmente. Resta saber se, nesse edifício, não falta a base que, só ela, poderia consolidá-lo, admitindo-se que fosse praticável.

A vida comunitária é a abnegação mais completa da personalidade.

Ora, o móvel da abnegação e do devotamento é a caridade, isto é, o amor ao próximo.

Um sistema que, por sua natureza, requer para sua estabilidade virtudes morais no mais supremo grau, haveria que ter seu ponto de partida no elemento espiritual.

Pois muito bem, ele não o leva absolutamente em conta, já que o lado material é a sua finalidade exclusiva.

Isso quer dizer que são enfeitadas com o nome da fraternidade, mas a fraternidade, assim como a caridade, não se impõe nem se decreta, é algo que existe no coração e não será um sistema que a fará nascer.

Ao mesmo tempo em que isto ocorre, o defeito antagônico à fraternidade arruinará o sistema e o fará cair na anarquia, já que cada pessoa quererá tirar para si a melhor parte.

A experiência aí está, diante de nossos olhos, para provar que eles não extinguem nem as ambições nem a cobiça.

Os homens podem fundar colônias sob o regime da fraternidade tentando fugir ao egoísmo que os esmaga, mas o egoísmo seguirá com eles como vermes roedores.

E lá, onde se acham, haverá exploradores e explorados, se lhes falta a caridade.

Por todas essas razões é que nunca haverá reforma social que se sustente em sistemas que não levem em conta o elemento espiritual.

É incontestável que antes de fazer a coisa para os homens, é preciso formar os homens para a coisa, como se formam obreiros, antes de lhes confiar um trabalho.

Pensemos nisso!
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Redação do Momento Espírita, com base em discurso pronunciado por Allan Kardec, nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon e Bordeaux, do livro Viagem espírita em 1862, ed. O clarim, 2. ed., pp.80-84.
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terça-feira, 24 de junho de 2008

SENHOR


Senhor...

Nessa eternidade que é a evolução de minha alma,
tudo é perfeito e pleno.
No entanto , minha vida está sempre mudando.
É um constante reciclar de experiências.
Cada momento é novo e fresco,
e sinto que cada dia deve haver um recomeço.

Senhor...
Na grandeza e perfeição
de todas as formas de criação, criaste as polaridades.
existe em mim uma fonte infinita de amor,
amor a Deus, amor à familia, amor à natureza,
amor ao próximo.
Mas também preciso compartilhar,
preciso amar e ser amada (o),
quero ser feliz e dividir minhas alegrias.

Senhor...
ilumina minha alma, acalma meu coração,
liberta-me desta angústia e solidão,
direciona meus passos na sequência certa
para uma união feliz e que eu só atraia
pessoas dignas e benéficas para minha vida.

Senhor...
que a Onipotência de sua mão
se estenda sobre mim,
abençoando todo o meu ser.

Assim seja!

A LIÇÃO DAS GAIVOTAS

Um enorme transatlântico partiu de movimentado porto rumo a outro continente. Do convés, os passageiros acenavam lenços e agitavam mãos, em manifestações de adeuses.

No porto, muitas pessoas acenavam igualmente e lançavam beijos ao ar, num misto de antecipada saudade e carinho.

Pouco depois os que se encontravam no convés, ainda observando os que permaneciam em terra, puderam constatar uma nuvem de gaivotas prateadas acompanhando o imenso navio.

O seu vôo atraiu a atenção de quase todos, tanto pela algazarra que promoviam, quanto pelo capricho de suas voltas, ao redor da enorme máquina concebida pelo homem.

Passada uma meia hora de viagem, o tempo se tornou ameaçador. Ondas de espuma se levantavam ao açoitar dos ventos violentos.

Esboçou-se no firmamento uma tremenda tempestade. Com suas possantes máquinas, o navio cortava as vagas agitadas e parecia fazê-lo com dificuldade, dada a presença dos elementos da natureza em convulsão.

Um dos poucos viajantes que até então permanecia no tombadilho, contemplou as aves a voejar e as lastimou.

Como podiam elas, com suas asas tão débeis lutar contra o tufão, desamparadas nos céus?

Elas nada tinham além do próprio corpo para o enfrentar.

Suas asas resistiriam ao vento implacável, se o possante navio, com suas máquinas que representam milhares de cavalos resistia com dificuldade ao tempo torrencial?

De repente, aquele homem que estava tão compadecido das avezinhas do mar, ficou perplexo. É que as pequenas gaivotas, estendendo as asas que Deus lhes deu abandonaram o navio na tempestade e se ergueram acima da tormenta, passando a voar numa região serena dos ares.

E a máquina, representando a ciência humana, prosseguiu na sua luta penosa para resistir à fúria dos elementos.

Em nossas vidas ocorre de forma semelhante. Quando pretendemos lutar unicamente com nossos próprios meios, encontramos o fustigar dos ventos das dificuldades atrozes, que vergastam a alma e maceram o corpo.

Contudo, se utilizarmos os recursos da oração alcançaremos as possibilidades das asas das gaivotas.

Pelas asas poderosas da prece, o homem pode se elevar acima das tempestades do cotidiano e voar placidamente.

Envolvidos pelas luzes da prece, alcançaremos regiões que o vendaval das paixões inferiores não alcança.

Fortificados pela oração, enfrentaremos o mar agitado dos problemas, a fúria das vicissitudes, e chegaremos ao porto seguro que todos almejamos.

Quando o triunfo nos alcançar ou quando sofrermos aparentes quedas, busquemos Jesus e falemos sem palavras ao Seu coração de Mestre e Amigo.

Condutor vigilante de nossas almas, Ele assumirá o leme da frágil embarcação das nossas vidas, permitindo-nos singrar o mar agitado das nossas dores, com coragem e segurança.

A medida ideal será sempre orar antes de agir, a fim de evitar que procedamos de forma imprevidente, o que nos conduziria ao desespero e a maior soma de dores.

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Malba Tahan
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segunda-feira, 23 de junho de 2008

A PAUSA

Na pausa não há música, mas a pausa ajuda a fazer a música”.
Na melodia da nossa vida a música é interrompida aqui e ali
por "pausas’...
E nós, sem refletirmos, pensamos que a melodia terminou.

Deus nos envia, às vezes, um tempo de parada forçada.
Pode ser uma provação, planos fracassados, ou esforços
frustrados. Mas na verdade é preciso fazer uma pausa...

E faz uma pausa repentina no coral de nossa vida.

Mas como é que o maestro lê a pausa
Ele continua a marcar o compasso com a mesma precisão e
toma a nota seguinte com firmeza, como se não tivesse havido interrupção alguma.

Deus segue um plano ao escrever a música de nossa vida.

A nossa parte deve ser aprender a melodia e não desmaiar nas
"pausas".

Elas não estão ali para serem passadas por alto ou serem
omitidas, nem para atrapalhar a a melodia ou alterar o tom.
E sim para aprimorar.

Se olharmos para cima, Deus mesmo marcará o compasso
para nós.

Não nos esqueçamos, contudo, de que “ela ajuda a fazer
a música”.

Com os olhos Nele, vamos ferir a próxima nota toda a
clareza sem murmurarmos tristemente:
“Na pausa não há música”.

Compor a música da nossa vida é geralmente um processo
lento e trabalhoso.
Com paciência, Deus trabalha para nos ensinar!
E quanto tempo Ele espera até que aprendamos a lição!

Lembre-se, a pausa não dura muito, é apenas um tempo
suficiente para que você se
renove e continue...

Ela apenas serve para continuar a música!!!

Olhe melhor a sua volta... Viva a Vida!

Pare!

E aceite a pausa, você merece ser mais amado e amar,
sonhar, sorrir, cantar e ser feliz, muito mais feliz!
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"Os espíritos protetores nos ajudam com os seus conselhos, através da voz da consciência, que fazem falar em nosso íntimo - mas como nem sempre lhes damos a necessária importância, oferecem-nos outros mais diretos, servindo-se das pessoas que nos cercam."
ALLAN KARDEC

NA TRILHA DO MESTRE


"Partindo Jesus dali, viu um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu". (Mateus, 9:9).

É importante verificar que o Mestre não estabelece condições para que o discípulo lhe compartilhe a jornada.


Não pergunta se ele se julga dotado com a força conveniente...

Se é fraco de espírito...

Se é demasiado imperfeito...

Se sofre em família...

Se possui débitos a solver...

Se padece tentações...

Se está acusado de alguma falta...

Se retém valores de educação...

Se é rico ou pobre de possibilidades materiais...

O Senhor diz apenas segue-me, como quem afirma que, se o aprendiz se dispõe realmente a segui-lo, será suprido de socorros eficientes, em todas as suas necessidades.

A lição é clara e expressiva. Reflitamos nela para que não venhamos a permanecer na sombra da indecisão.
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EMMANUEL \ CHICO XAVIER
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domingo, 22 de junho de 2008

O AMOR PERANTE A INDIGNIDADE

É comum o cristão experimentar a angustiante sensação de que não está à altura da crença que esposa.

Ele pensa que não se esforça o bastante para viver o que acredita.

Ou que seus esforços não dão os resultados que gostaria.

Uma triste dúvida por vezes lhe baila na mente:

Será que ele é apenas um hipócrita, enamorado de belos ideais, mas sem colocá-los em prática?

O modelo cristão é bastante elevado.

Trata-se da figura do Cristo, sublime sob todos os aspectos.

Embora em constante contato com seres ignorantes e transviados, preservou sua pureza.

Ensinou, curou e exemplificou as mais excelsas virtudes.

Submetido às maiores violências, perdoou imediatamente.

Rigorosamente paciente com os simples e ignorantes, soube usar de energia ao tratar com os poderosos e os sábios de coração vazio.

Jesus alterou a História e os valores da Humanidade.

Com ele, a palavra amor ganhou uma nova acepção.

Não mais se tratava apenas de erotismo ou de amizade, conforme o legado dos filósofos gregos.

Tinha-se doação incondicional, sem qualquer expectativa de retorno.

Surgiu a concepção de que o semelhante deve ser amado apenas porque existe, independentemente de seus valores e de seus atos.

Aí reside um fator de dificuldade para uma boa parte dos cristãos.

A figura de Jesus cintila em suas perfeições.

O relato de seus feitos provoca um intenso desejo de segui-lo, de imitar-lhe a conduta.

Mas para isso é preciso desenvolver um amor desinteressado e abrangente.

Entretanto, a Humanidade parece tão lamentável e suscita tão pouca simpatia!

Pessoas genuinamente boas são raras no Mundo.

Já os desonestos são tão abundantes e ardilosos!

As notícias sobre políticos corruptos não colocam o coração humano em disposição amorosa.

Os criminosos sempre estão a conseguir um modo de sair da cadeia.

Vê-se por todo lado a esperteza, a desonestidade e o egoísmo.

Parece que todo mundo está à cata de vantagens e de privilégios.

Fala-se mais em greves do que em serviços eficientemente prestados.

Amar uma Humanidade assim parece uma tarefa bem difícil, quase impossível ...

Entretanto, o ensino legado por Jesus é o Modelo e, ele conviveu com homens ainda mais rudes e os amou.

Um fator importante a considerar é que cada qual recebe conforme suas obras.

A Justiça Divina preside a harmonia universal.

Não é necessário gastar tempo com atitudes de revolta e inconformismo.

As leis humanas são falhas e freqüentemente são burladas.

Mas as Leis Divinas são incorruptíveis e infalíveis.

Todo ato, seja digno ou indigno, tem naturais e automáticas repercussões.

Assim, os que se permitem viver no mal devem apenas ser lamentados.

Eles estão semeando dores em seus destinos.

Conforme afirmou o Mestre na cruz, eles não sabem o que fazem.

Ciente dessa realidade, não deixe que a miséria moral alheia seja um obstáculo à sua piedade e ao seu amor.

Mesmo que você não consiga fazê-lo com perfeição, esforce-se em amar seu semelhante.

Os ignorantes e indignos são apenas os mais necessitados de compreensão e auxílio.

Pense nisso.
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Redação do Momento Espírita
WALLPAPER DO BLOG: http://ozmoze.blogspot.com/
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sábado, 21 de junho de 2008

AUTORIDADE X RESPONSABILIDADE


Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?

Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.

Contudo, quando assumem postos de comando esquecem-se dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.

Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.

Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas.

Seria um grande homem, agora.

Importante.

Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.

Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim. A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.

Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?

Paciente, o alfaiate explicou: "a informação é preciosa.

É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.

Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência. Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida. Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.

Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços. É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa.

Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente."

O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.



Cargos e funções, são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela divindade para nosso progresso.

Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.

Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: "Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada."

De fato isso veio a acontecer.

Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade. Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.


Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.

A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.

No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.
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Equipe de Redação do Momento Espírita
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quinta-feira, 19 de junho de 2008

A MENSAGEM DAS ROSAS


A vida sempre oferece duas opções,
se não há uma segunda porta,
pode apostar que existe uma janela,
ou um telhado que se possa abrir.

Por isso, você pode contemplar uma rosa,
sentir seu perfume inigualável,
perder-se com a beleza das cores,
e deixar-se levar pela magia das flores.
Ou sentir o espinho e reclamar da dor,
lamentar as folhas arrancadas.

Pode chorar por não ter recebido mais rosas,
ou ainda hoje, oferecer uma para alguém...

Você pode olhar o mar e se encantar,
sentir a água salgada refrescar a pele,
a força das ondas limpar as energias,
deliciar-se com o alimento que vem do mar
que pode ainda hoje, saciar a sua fome.
Ou pode lembrar da Tsunami que matou milhares,
das tempestades que afundam navios,
dos que morreram afogados...

Diante do Sol pode se aquecer,
lembrar que a vida não existe sem ele,
passear sem compromisso, tomar um sorvete,
ou olhar a terra seca, pensar no deserto,
chorar diante da semente que morreu,
lamentar o fruto que não floresceu.

Assim é a sua vida,
cheia de motivos para comemorar,
a saúde que não ligamos, até cairmos doentes,
a paz que temos, até que alguém nos rouba,
o amor que nos une, até que nos separamos,
a família que nos liga, até que nos distanciamos,
a humildade que queremos ter, até que o orgulho nos cegue,
o emprego que nos sustenta, até que o demissão nos atinge. Mesmo diante da noite mais escura,
podemos acender um mísero fósforo e iluminar a rua.

Diante da dor mais profunda,
podemos confortar com um gesto, uma palavra.
Perto do fim, podemos encontrar o nosso começo,
e onde tudo parecer impossível,
nos resta o encontro divino com a fé,
onde Deus, que habita em nós, responde,

Filho, Eu estou aqui,
Eu sou o Amor.

Duas escolhas, sempre,
que o amor seja sempre a nossa primeira escolha.
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Paulo Roberto Gaefke
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A NUVEN E A DUNA


Uma jovem nuvem nasceu no meio de uma grande tempestade no Mar Mediterrâneo. Mas sequer teve tempo de crescer ali; um vento forte empurrou todas as nuvens em direção à Africa.

Assim que chegaram ao continente, o clima mudou: um sol generoso brilhava no céu, e embaixo se estendia a areia dourada do deserto de Sahara. O vento as continuou empurrando em direção as florestas do sul, já que no deserto quase não chove.

Entretanto, assim como acontece com os jovens humanos, também acontece com as jovens nuvens: ela resolveu desgarrar-se do seus pais e amigos mais velhos, para conhecer o mundo.

- O que você está fazendo? - reclamou o vento. - O deserto é todo igual! Volte para a formação, e vamos até o centro da África, onde existem montanhas e árvores deslumbrantes!

Mas a jovem nuvem, rebelde por natureza, não obedeceu; pouco a pouco, foi baixando de altitude, até conseguir planar em uma brisa suave, generosa, perto das areias douradas. Depois de muito passear, reparou que uma das dunas estava sorrindo para ela.

Viu que ela também era jovem, recém-formada pelo vento que acabara de passar. Na mesma hora, apaixonou-se por sua cabeleira dourada.

- Bom dia - disse. - Como é viver aí embaixo?

- Tenho a companhia das outras dunas, do sol, do vento, e das caravanas que de vez em quando passam por aqui. As vezes faz muito calor, mas dá para agüentar. E como é viver aí em cima?

- Também existe o vento e o sol, mas a vantagem é que posso passear pelo céu, e conhecer muita coisa.

- Para mim a vida é curta - disse a duna. - Quando o vento retornar das florestas, irei desaparecer.

- E isso lhe entristece?

- Me dá a impressão que não sirvo para nada.

- Eu também sinto o mesmo. Assim que um novo vento passar, irei para o sul e me transformarei em chuva; entretanto, esse é meu destino.

A duna hesitou um pouco, mas terminou dizendo:

- Sabe que, aqui no deserto, nós chamamos a chuva de Paraíso?

- Eu não sabia que podia me transformar em algo tão importante - disse a nuvem, orgulhosa.

- Já escutei várias lendas contadas por velhas dunas. Elas dizem que, após a chuva, nós ficamos cobertas de ervas e de flores. Mas eu nunca saberei o que é isso, porque no deserto chove muito raramente.

Foi a vez da nuvem ficar hesitante. Mas logo em seguida, tornou a abrir seu largo sorriso:

- Se você quiser, eu posso lhe cobrir de chuva. Embora tenha acabado de chegar, estou apaixonada por você, e gostaria de ficar aqui para sempre.

- Quando lhe vi pela primeira vez no céu, também me enamorei - disse a duna. - mas se você transformar sua linda cabeleira branca em chuva, terminará morrendo.

- O amor nunca morre - disse a nuvem. - Ele se transforma; e eu quero mostrar-lhe o Paraíso.

E começou a acariciar a duna com pequenas gotas; assim permaneceram juntas por muito tempo, até que um arco-íris apareceu.

No dia seguinte, a pequena duna estava coberta de flores. Outras nuvens que passavam em direção à África, achavam que ali estava parte da floresta que andavam buscando, e despejavam mais chuva. Vinte anos depois, a duna havia se transformado num oásis, que refrescava os viajantes com a sombra de suas árvores.

Tudo porque, um dia, uma nuvem apaixonada não tivera medo de dar sua vida por causa do amor.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A HISTÓRIA DO LÁPIS


Um menino olhava o avô escrevendo uma carta. A certa altura, perguntou:
- Você está escrevendo o que aconteceu conosco? E por acaso, é sobre mim?

O avô parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais
importante do que as palavras, é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.

O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de
especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida.
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco
qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo...

"Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas
não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade".

"Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que
estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto,
saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor."

"Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma
borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça".

"Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a
madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você."

"Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa
uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação".

sábado, 14 de junho de 2008



As vezes, uma vaga melancolia assedia o teu coração, principalmente quando analisas teus esforços em direção ao bem e ao progresso. Quando isto ocorre, deixas, então, que o desanimo tome conta de ti, passando a enxergar a tua vida com as cores carregadas.

Tu te julgas com extrema severidade.

Acalma-te.

Quando Jesus te convidou a caminhar não te perguntou se eras bom, se eras forte e perfeito; se praticavas o perdão, se usavas de justiça para com o teu semelhante.

Não te fez nenhuma exigência, apenas convidou-te a segui-Lo. E, como conforto para todos nós, assegurou-nos de que não vinha para os sãos, mas sim para os doentes.

Verifica que fazes parte destes "enfermos" para os quais o Cristo veio.

Não te deixes dominar pelo desalento, julgando-te com rigor.

Usa, para contigo, justiça e bom senso, lógica e a compreensão que advém do auto-conhecimento.

Todavia, é importante compreenderes que és passível de falhas, quedas e erros, mas, é igualmente importante saberes que te é licito o reerguimento e a correção, uma vez que ainda estás a caminho.

Recorda que a pedra anônima, escondida na estrutura do edifício é, aparentemente, sem importância, mas sem ela não haveria solidez na construção.

Também tu és a pedra incógnita e humilde na estrutura da vida, mas, sem ti, talvez ruísse o edifício da tua família, por exemplo.

Luta contra esse mal insidioso que é a melancolia e o desânimo. São ervas daninhas que tendem a proliferar, levando-te em passos rápidos à depressão obsidiante.

Regula tuas atividades.

Estimula-te ao bem; aprecia teus próprios valores, aperfeiçoando-os para a vida futura mesmo.

E, enquanto te supres de auto-estima, corrige, ao mesmo tempo, os erros que detectares, lutando contra eles, combatendo-os, paciente e diligentemente.

Enriquece-te com a palavra de Jesus, confiando n' Ele e em ti.

Não subestimes teus valores e méritos nem desmereças os teus esforços. Persevera, praticando a nobre moral cristã do Evangelho, construindo em ti defesas salutares e conceitos sadios acerca de ti mesmo, afastando de ti a tristeza e a melancolia, filhas espúrias da frustração e do desamor.
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Vera Cohim
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quinta-feira, 12 de junho de 2008

ABANDONADO MAS NÃO A SÓS

Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos-a-fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.

Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o espírito com os sulcos vigorosos da decepção.

Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante...

Repassas, emocionado, cenas que se foram mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmos, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os co-partícipes das tuas horas de triunfo?

Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.

Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.

E crês que não resistirás por muito tempo.

Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.

Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.

Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...

Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.

Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.

E a realidade é esta: solidão com a verdade.

Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?
Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?
Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar. Não te descoroçoes, pois.

Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.

Brilhará novamente o sol dos sorrisos.

Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.

Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.

Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.

Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.

Há delinqüentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.

Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...

Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.

Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.

Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.

Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.

Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.

Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contacto daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.

Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...
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Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
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terça-feira, 10 de junho de 2008

DONATIVO DE AMOR

Filhos, o Senhor nos abençoe. Nas reflexões a que somos induzidos pela caridade, recordemos nós mesmos na construção do Mundo Melhor, com a bênção de Jesus.

Efetivamente, o Senhor nos concede:

o ambiente de trabalho;
o veículo de manifestação;
a luz do entendimento;
o clarão da verdade;
o alimento do amor;
a chama do ideal;
a bênção da palavra;
os meios de intercâmbio;
as oportunidades de ação;
o sustento da fé;
a dádiva da esperança;
o apoio íntimo que nos assegure serenidade e paciência ante as dificuldades do caminho;
o tesouro da afinidade pelo qual nos enriquecemos com a presença e o concurso de companheiros que se nos reúnem às tarefas;
os laços da fraternidade;
a composição dos recursos necessários à edificação do bem a que nos empenhamos;
a cooperação dos valores afetivos;
o incentivo do lar;
os benefícios do aprendizado;
as vantagens do conhecimento;
as possibilidades de serviço;
o amparo da vida institucional que nos reúne para os deveres que nos competem;
os braços dos amigos;
o aviso dos adversários;
as fontes de compreensão e de carinho em que nos dessedentamos para seguir à f rente;
o material de trabalho, de cuja colaboração ser-nos-á possível retirar as mais preciosas riquezas do espírito;
o dom da confiança;
a luz do discernimento;
as mil providências de socorro e sustentação de que nos achamos rodeados para que venhamos a superar valorosamente todos os problemas que surjam no caminho a trilhar...

Enfim, meus filhos, o Senhor nos dá tudo em se referindo aos meios de que temos necessidade para a realização espiritual, mas só nos pede um donativo, sem o qual a obra em nossas mãos esmoreceria na base: a caridade de cedermos dos nossos pontos de vista, aceitando-nos uns aos outros tais quais somos, nos alicerces da união fraterna em serviço, por amor à tarefa que nos foi confiada, porque essa tarefa, na essência, pertence ao Senhor na pessoa do próximo e não a nós.

Filhos queridos, vejamos um edifício comum.

Se o piso não suporta as paredes e se as paredes não toleram o teto; se os recursos de alvenaria ou as vigas de apoio não se irmanam uns aos outros, enlaçando-se entre si, sem que os fios encontrem refúgio no corpo da construção e se os agentes de comunicação não conseguem apoio nos elementos constitutivos da casa, é impossível a sustentação da obra em si como reduto de moradia e educação, amor e progresso.

Sem a caridade, diz-nos o Excelso Codificador, não há salvação e sem união, entre nós, toda realização humana, com o Senhor, conquanto o Senhor nos abençoe e nos sustente, será sempre francamente impossível.

Oremos hoje pela extensão da caridade na Terra sem nos esquecermos de orar por nós mesmos para que a caridade, de uns para com os outros nos garanta a continuidade do privilégio de exercer a caridade com Jesus, em auxílio de todos os nossos irmãos da jornada humana, hoje e sempre.
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BATUÍRA--CHICO XAVIER
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O QUE NOS FALTA

Stan Belin, desde pequeno, sonhou muito alto. Certa vez, debruçando-se na amurada de uma ponte, ficou olhando um maravilhoso iate que passava embaixo.

Pôde ver as pessoas ricamente trajadas, sorrindo, felizes. Era um cenário de luxo e conforto e, naquele momento, ele decidiu que batalharia para ter sucesso na vida.

Os seus alvos passaram a ser dinheiro, poder e prestígio. Aluno exemplar, formou-se em Odontologia. Casou-se com uma moça que conhecia desde os tempos de escola.

O dinheiro começou a surgir em abundância. Sua reputação espalhou-se. Ele conseguiu prestígio com a nomeação para um alto cargo, pelas autoridades do Estado onde vivia.

Teve dois filhos saudáveis. Conseguiu uma casa magnífica, automóveis luxuosos. Desfrutava férias em lugares exóticos.

Finalmente, comprou um lindo iate e navegou até a ponte, onde em criança começara seu sonho.

Era o ponto culminante. No entanto, Stan se sentia imensamente triste e desesperado.

Conquistara tudo que idealizara. Era invejado, mas sentia-se perdido, vazio, insatisfeito.

Logo chegou a depressão.

Ele se sentia desalentado, infeliz.

Almejava comprar confiança e tranqüilidade, mas elas não estavam à disposição no mercado de capitais.

A pouco e pouco, foi abandonando a profissão. Já não era a pessoa conversadora nem bom dentista.

Enveredou pelo caminho das drogas e se deixou envolver.

As drogas lhe davam uma euforia que era sempre mais fugidia. Durava breves segundos e logo ele voltava a cair nos profundos abismos da depressão.

Perdeu a casa, o iate, o respeito por si mesmo.

Levantava-se a cada dia, contemplava a face da manhã e se perguntava:

Por que estou tão vazio por dentro? O que me falta? Pois não conquistei tudo que almejei: família, dinheiro, prestígio, poder? O que me falta?

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À semelhança de Stan, muitos seguimos pelas veredas humanas sem objetivos verdadeiros.

Idealizamos metas fictícias e as perseguimos para descobrir, ao conquistá-las, que elas não nos preenchem as necessidades íntimas.

Tudo porque, em verdade, temos sede de Deus.

Deus, o amigo perfeito, sempre disposto a nos ouvir as queixas e a nos apresentar soluções.

Deus que, silencioso, fala em todas as expressões da natureza.

Sempre indulgente, e refúgio seguro, tranqüilizando-nos. Sempre se encontra suficientemente perto para tomar conhecimento das nossas necessidades, providenciando o apoio de que carecemos.

Ninguém que Dele não necessite. Ele preenche todos os vazios e estabelece roteiros seguros para as nossas vidas.

Com Deus no coração e na mente agiremos com decisão feliz e desempenharemos as nossas tarefas com dinamismo elevado.

Deus sempre nos abençoa, quer O busquemos ou não.

Mas se, através do pensamento, sintonizarmos com Suas dádivas, melhor assimilaremos a irradiação do Seu amor, aquecendo-nos as almas.

Deus provê todas as nossas necessidades, mas não as assume, para não anular o nosso esforço e valor, o que então nos candidataria à inutilidade.
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JOANNA DE ÂNGELIS----DIVALDO P. F.
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sexta-feira, 6 de junho de 2008


Além da beneficência que os recursos amoedados conseguem realizar, uma beneficência existe, ao alcance de todos, que pode frondejar e frutescer nos trilhos mais íntimos do cotidiano, começando por dentro do próprio lar.

É o verbo que se cala ante a maledicência ou palavra otimista, que alimenta as boas intenções, convertendo-as em obras elogiáveis.

É a gentileza que se dispensa ao vizinho, no culto do entendimento e da cordialidade que perdoa espontaneamente o gesto infeliz de algum companheiro.

É o pensamento amigo que a bondade exterioriza, em favor do necessitado de paz, ou prece que se formula em apoio aos irmãos caídos em provação e desvalimento.

É o serviço aparentemente insignificante que se pode prestar aos que nos compartilham das experiências diárias, quais sejam a informação útil ou a condução de um fardo pequenino.

É a generosidade com que nos será justo suportar a irreflexão desse ou daquele interlocutor e a desculpa sem queixa para com as ofensas recebidas.

Dessa benemerência, às vezes, despercebida nas agitações do mundo, nascem valiosos fatores para a harmonia da existência.

Aprendamos a tolerar-nos uns aos outros, sem atrito, sem mágoa e sem lamentações.

Reconheçamos que a possível falta de alguém, tanto quanto a enfermidade de companheiro determinado poderiam ser nossas.

E não olvidemos que o nosso beneficiário de hoje poderá ser o nosso benfeitor de amanhã.

Situando o próprio coração em nossos gestos, marcando a nossa romagem com o selo da compreensão e do amor, estaremos efetivamente seguindo os exemplos do Amigo Celeste, que nos auxilia e socorre, de instante a instante, sem que venhamos a perceber.

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EMMANUEL--- CHICO XAVIER
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FICA CONOSCO, SENHOR!

Fica Conosco, Senhor !
Senhor Jesus,

Sobre a Terra de agora, ansiosa e agitada,
Que a Ciência domina,
Muitas idéias novas pela estrada,
Sonegam-te, no mundo a Presença Divina...

O homem super-culto,
Nas invenções geniais e nos feitos de vulto,
Experimenta, experimenta...
Entretanto, Senhor, por mais se lhe permite
Revelações dos céus, sem pausa e sem limite,
Ei-lo na indagação
Em que não se contenta...

Projetando satélites no Espaço
E entesourando láureas da cultura
Nem por isso largou-se
Do tédio, do azedume, do cansaço
De alma triste e insegura...

Toda a Terra é um arsenal de máquinas potentes...
Sondas, computadores...
Investiga-se os mundos exteriores,
Conclama-se ao progresso
Todos os continentes...

Mas a guerra campeia,
O cérebro sem fé como que se incendeia
E a violência se espalha mundo afora...
E por isso, Jesus, que te pedimos:
Fica conosco, em nossos vales,

Enquanto tantos gênios
Pairam em altos cimos,
Brilhando sem saber onde os bens e onde os males!...
Conserva-nos a fé por luz acesa
E ajuda-nos a ver na terrestre grandeza
Com a benção de amor em que nos guardas
As longas retaguardas
Dos irmãos despojados de esperança,
A fim de socorrê-los em teu nome...

Atenua, Senhor, a mágoa dessas vidas
Que a tristeza consome
Na dor que não descansa.

Ergue de novo, os corações caídos
Em desesperação
A buscarem na cinza os ausentes queridos
Qua a morte lhes furtou em processo violento,

Ajuda-nos a ver o sofrimento
Que o radar não percebe e o motor não consola...
Substitui, Jesus, pelo apoio da escola
A sombra do presídio que segrega
Os irmãos que a revolta inda inspira e carrega
Para os despenhadeiros da existência...

Fica conosco, Mestre, e faze-nos prover
De auxílio e reconforto
O sentimento amargo e semi-morto
Da multidão sem paz, a chorar e a sofrer...

Na fé que o teu amparo nos descerra
Deixa-nos atingir o coração da Terra!...
Faze que o Sol da Caridade
A irradiar-te as bençãos de alegria,

Envolva, dia a dia,
O pão que nutre o Bem de Toda a Humanidade.
Não nos deixes a sós
E ensina-nos, Senhor,
A encontrar finalmente em cada um de nós
O caminho de luz do teu reino de amor!...

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MARIA DOLORES
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quarta-feira, 4 de junho de 2008

PRECE AO AMANHECER


Venho, Pai, me reverenciar diante da luz que me abraça.

Venho, Mestre, me colocar a disposição de amor e de paz para que minhas horas de percurso diário possam me abastecer e eu possa me dilatar em Tua direção.

Venho, no íntimo de mim mesmo, pedir-te a proteção e o esclarecimento em tarefas que me permitam dilatar a minha esperança na reconstrução de minha alma e na do mundo que me acolhe.

Venho, Pai, agradecer pelo alimento deste dia, pela paz da minha alma, pelos indultos que me concedes.

Permita, Pai, que eu possa realizar as tarefas pretendidas e que dentro das minhas possibilidades esteja o meu crescimento como criatura infinita.

Ampara-me, Pai, em minhas dificuldades.

Lança-me a âncora da esperança para que eu possa querer continuar e buscar o meu fortalecimento íntimo na luta presente.

Que este dia possa revelar a mim em determinação de Sua excelsa vontade.

Que eu possa ser o amigo, o irmão e levar a paz, a compreensão e a esperança aos sofredores e aqueles que Te esqueceram.

Que meus passos me conduzam a plena complementação de minha alma.

Que eu consiga me fazer humilde e caridoso diante de mim mesmo e das almas que me envolvem.

Que acima de tudo, Pai, que eu possa ser sempre um filho Teu e Te buscar naqueles que colocastes à prova.

Que a luta diária seja o meu alimento espiritual trazendo-me a freqüências ideais de ser eterno.

Ajuda-me a vencer a mim mesmo, a atenuar a minha culpa, a acolher a todos com amor, a empreender mais esta caminhada entendendo que tudo
que me abastece é por Ti tocado e que dentro de mim possa se consubstanciar a união pretendida.

Ampara-me, Pai, e que eu chegue a noite e possa novamente ter este diálogo amigo e confortador.

Que meus passos cumpram, exatamente o percurso pedido por mim e em cada momento de minha caminhada eu jamais me esqueça que estás a me amparar e proteger.
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EMMANUEL--CHICO XAVIER
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