sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

MESTRE E DISCÍPULO

Nasce o Mestre - na manjedoura do coração,
Sorri divinamente - entre os impulsos sentimentais,
Mostra-se à razão - à luz da estrela da fé.
Desenvolve-se, dia a dia - sob os cuidados da alma,
Alegra a paisagem mental - renovando a esperança!...

Ainda menino - sobe ao templo do cérebro.
E fala com simplicidade - confundindo raciocínios doutos,

Movimenta-se, desde então - no cosmos individual,
Aproveita sentimentos singelos - no cosmos individual,
Aproveita sentimentos singelos - como se valeu de pescadores humildes,
E começa o apostolado - da conversão do aprendiz.

Devolve movimento - no coração paralítico,
Restitui a visão - aos olhos enganados,
Limpa a lepra do mal - invadida pelos princípios das trevas,
Revela-lhe a lei do amor - acima dos códigos humanos,
Transforma-o, dia a dia - pela divina atuação.

E quando o mundo inferior se rebela contra o discípulo,
Une-se mais a ele, no cenáculo do espírito,
Dá-lhe instruções baseadas - na submissão a Deus.
Revela-lhe o mundo maior - glorificando o sacrifício.
Dilata-lhe a personalidade - exemplificando a renúncia,
Eleva-lhe a estatura - semeando entendimento...
Atingindo o Calvário - das responsabilidades interiores,
Quando o aprendiz isolado - está sozinho em si mesmo, entre milhões de pessoas.

É o mesmo Senhor - nascido no presepe íntimo,
Que o ampara - no monte do crânio,
Concedendo-lhe serenidade - para a cruz dos testemunhos,

A fim de que aprenda - em turbilhões de luta,
A sofrer - amando,
A orar - construindo,
A morrer - perdoando,
Para que, em pleno infinito - da ressurreição eterna,
Haja mais luz divina - sobre as trevas humanas,
E a nova bênção resplandeça - no círculo das criaturas,
em favor de nossa redenção - para um mundo melhor.

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ANDRÉ LUIZ
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