segunda-feira, 11 de agosto de 2008

FELICIDADE SOBRE A TERRA

Quando os homens se reconhecerem fracos e interdependentes uns dos outros; quando as nobres expressões da honestidade moral dirigirem os impulsos; quando os desejos grosseiros forem submetidos à reflexão e à competente disciplina; quando as máximas do Cristo se espraiarem além do Livro da Boa-Nova para se incorporarem ao livro dos atos humanos de cada criatura; quando o amor deixar de ser uma utopia e for exercitado pelos indivíduos, a felicidade reinará sobre as vidas na Terra e o Reino dos Céus, estabelecido desde então, se alongará indefinidamente.

Consideram os parvos e apressados, os gozadores e os cínicos que é impossível se transformarem sonhos em realidades; assentem os negligentes e os fracos, os impiedosos e facínoras, os displicentes e atormentados que a fé religiosa, a fé na vida futura, na imortalidade, é ópio embriagante e mentiroso, e deixam-se consumir por outros opiáceos, de imediata e maléfica conseqüência, a distância dos homens que auguram e logo esperam o primado do Espírito Imortal na Terra. Felizmente, amanhece já, em madrugada de esperanças, esse período, embora as nuvens espessas que teimam por perdurar nos céus da atualidade social e moral da Terra, nesta transição dos períodos evolutivos. Graças a isso, milhares de corações concretizam, no momento, as esperanças de Jesus-Cristo, arrojando-se nos labores da fraternidade, em todos os sítios e lugares. Ei-los nas frentes das batalhas desconhecidas, contra a miséria de qualquer matiz, junto aos órfãos e obsidiados, aos ignorantes e revoltados, à velhice sem rumo e à enfermidade sem medicamento, elaborando e firmando as primícias da Era da Paz e do Amor.

Nos dias do amor, os homens se sustentarão uns aos outros e já não se farão lobos do próprio homem. A amizade se transformará em licor de entusiasmo, a correr nas veias dos sentimentos, conduzindo hemácias de simpatia nutriente, que se converterão em plasmas de vida sadia. O comércio psíquico com os infelizes do mundo espiritual inferior não mais se fará, porque, sendo sol, o amor é vida que anula e subtrai as forças nefastas, transformando-as.

O amor, por enquanto, na Terra, encontra-se oculto em jazidas profundas, das quais só a ganga, o cascalho tem merecido consideração. Os inesgotáveis filões permanecem desconhecidos.

Dia virá!... E já chegam esses dias esperados, em que o Paracleto se alastra na Terra, corporificando vidas e vidas recristianizadoras, na epopéia de lídimo renascimento do Cristianismo, em sua primitiva grandeza e eloqüente pureza. Dia virá!...
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VICTOR HUGO & DIVALDO P. FRANCO
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