Nathan sempre sonhara ser médico. A vida lhe pediu que desistisse de seu sonho.
Cedo precisou auxiliar a sustentar seus pais e irmãos. E cada vez seu sonho se tornava mais distante.
Décadas depois viu seu neto, pelo qual tinha um carinho especial, apresentar a mesma vontade.
Mas Nathan morreu quando o menino tinha apenas nove anos de idade. Aos 23 anos Kevin mantinha o sonho sempre mais forte. Queria ser médico, curar as pessoas.
Como seus pais iriam pagar a faculdade era uma incógnita. O curso era muito caro. Eles eram corretores de imóveis e faziam o possível para fechar o maior número de negócios.
Certo dia, o pai de Kevin viu no jornal local o anúncio de alguém que queria vender uma casa.
Embora não costumasse entrar em contato com quem anunciava por sua própria conta, algo o fez telefonar.
Os donos tinham anunciado diretamente, desejando vender a casa sem a necessidade de pagamento de comissão a corretores.
Mas acabaram marcando com o pai de Kevin uma visita para que ele conhecesse a casa.
Agendaram para a terça-feira. Quando Sherman falou com a esposa a respeito, ela o lembrou que ele tinha um compromisso anteriormente marcado.
Sherman ligou para os donos da casa e mudou a visita para a segunda às quinze horas.
Mais tarde, eles tornaram a telefonar pedindo que ele fosse na segunda, mas pela manhã, às 11 horas.
Quando chegou ao local, Sherman descobriu que aquela casa tinha sido habitada pelos seus sogros, 15 anos antes.
Comentou isso com os proprietários, mas antes que continuassem a conversar sobre a estranha coincidência, a campainha tocou.
Era o carteiro.
Sherman ouviu o casal informar:
“Não. Ninguém chamado Nathan Stein mora aqui...”
Sherman se levantou rápido da cadeira e gritou:
“Era meu sogro!”
Com as devidas explicações ao carteiro, conseguiu que a carta lhe fosse entregue, mediante assinatura de recebimento.
Era um informativo de um banco a respeito de uma conta corrente em nome de Nathan. Dizia que tal conta seria fechada em breve se ninguém a viesse reclamar, pois estava sem movimentação há anos.
O valor? Quinze mil dólares!
Sherman, sua esposa e seu filho tiveram, logo, a certeza. Fora Nathan que, de alguma forma, do mundo espiritual, envidara esforços para que ele estivesse lá, naquele momento.
“Fui levado até lá no momento certo”, disse Sherman.
“Meu sogro desejava que seu neto tivesse o dinheiro para pagar o primeiro ano da faculdade.”
E a filha, mãe de Kevin, tem certeza de que seu pai que sempre cuidou dela, continua a cuidar até hoje.
A morte, de forma alguma rompe os laços do amor. Da espiritualidade, os nossos amores prosseguem a velar por nós.
Pais se esmeram no cuidado aos filhos que permaneceram na carne. Filhos, esposos, amigos têm os olhos voltados para nós, abençoando-nos ainda com seu afeto especial.
Com os imortais aprendemos que “os bons espíritos fazem todo o bem que lhes é possível. Sentem-se ditosos com as nossas alegrias.
Afligem-se com os nossos males, quando os não suportamos com resignação, porque então nenhum benefício tiramos deles.”
Eles se compadecem de nossos sofrimentos, como nos compadecemos dos de um amigo.
Assim, os bons espíritos nos levantam o ânimo no interesse do nosso futuro.
Os parentes e amigos que nos precederam na outra vida, por nos votarem afeição, nos protegem como espíritos, de acordo com o poder de que disponham.
Eles, como nós, são muito sensíveis aos sentimentos de amor e afeição
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EQUIPE DE REDAÇÃO DO MOMENTO ESPíRITA
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008
AFETOS NÃO SE APAGAM
Postado por Luiz Felipe às 21:45